BOTOX

A toxina botulínica é uma neurotoxina, produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

A Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia, que em condições apropriadas à sua reprodução (10°C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes de toxina (A, B, C1, D, E, F e G). Dentre esses, o sorotipo A é o mais potente.

Para fins terapêuticos, é utilizada uma forma purificada, congelada a vácuo e estéril da toxina botulínica tipo A, produzida a partir da cultura da cepa Hall da bactéria Clostridium botulinum. Esta forma proporciona maior duração dos efeitos terapêuticos. Quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair. foi a partir do uso terapêutico, que surgiu o uso cosmético. Quando o casal canadense Jean e Alastair Carruthers,oftalmologista e dermatologista respectivamente, observou a melhora das rugas em pacientes tratados para indicações terapêuticas, como blefaroespamo, iniciaram os primeiros estudos na área. Deste então, o uso cosmético da toxina botulínica tipo A evoluiu e se expandiu em todo mundo.

Botox é a marca referência da toxina butinolina tipo A, produzida pela farmacêutica americana Allergan.

No Brasil, a marca BOTOX® foi aprovada em 1992 para indicações terapêuticas e, em 2000, para o tratamento de rugas e hiperidrose axilar e palmar. Mas por ser a primeira aprovada, BOTOX® tornou-se muito conhecida e, por isso, sinônimo do procedimento.[2]

Nos Estados Unidos, ela foi aprovada em 2002 pelo FDA (Food and Drug Administration) para o uso cosmético e em 2004 para hiperidrose até hoje é a única marca de toxina botulínica tipo A aprovada para esse fim naquele país.

Uso Estético

A toxina botulínica tem sido utilizada para tratamento de rugas de expressão, sorriso deprimido, e também para tratamento de hiperidrose palmar e ou axilar.

O efeito começa após 24 horas da aplicação e é bem notável após 3 dias. Se necessário alguma complementação, esta deverá ser realizada 20 dias após a aplicação.

Em 2007, os tratamentos estéticos não-cirúrgicos lideraram o ranking do ASAPS (Sociedade Americana de Cirurgia Plástica e Estética) com 9.621.999 procedimentos realizados. Entre os que se destacam como os mais populares e os mais procurados são a aplicação com Toxina Botulínica Tipo A (2.775.176) e o preenchimento com ácido hialurônico (1.448.716).

Os dados confirmam a tendência de que os pacientes buscam tratamentos mais simples, práticos e não-invasivos. Ao todo, em 2007, os tratamentos não-cirúrgicos atingiram 82% dos procedimentos estéticos, contra os 18% restante, que foram cirúrgicos. Desde 1997, estes dados representam um incremento de 754% para os procedimentos não cirúrgicos contra 114% para os cirúrgicos.

As mulheres representam o público que mais procura o procedimento.

 

ÁCIDO TRICLOROACÉTICO.

Ácido tricloroacético
Composto químico
Ácido tricloroacético é um análogo do ácido acético no qual os três átomos de hidrogênio do grupo metila foram substituidos por átomos de cloro. Tem fórmula química CCl₃COOH.

O Ácido Tricloroacético é uma substância ácida aquosa com grande poder cauterizante, o mesmo foi descoberto no ano de 1840, pelo químico francês Jean Baptista.

Esse ácido é muito utilizado no tratamento de feridas, em doenças da pele, calos, verrugas, sangramentos nasais e também utilizados em algumas doenças sexualmente transmissíveis como, o HPV e a tricomoníase.

Dependendo da concentração do ácido na pele pode provocar alguns incômodos como: coagulação proteica, necroses, epidermólise e inflamações residuais de que podem levar até oito semanas para sarar.

Vantagens do Ácido Tricloroacético:
• Pode ser usado ou associado a outras substâncias;

• Não apresenta reação alérgica grave;

• Sua aplicação é rápida;

• Pode ser usada no tratamento de pele morena;

• Sua aplicação não precisa ser feita em centros cirúrgicos;

Cuidados especiais após o tratamento com o Ácido Tricloroacético:
• Logo após o tratamento, a pele deve ser bem hidratada por um período de oito dias;

• Lavar o rosto somente com água e sabão neutro .

ÁCIDO GLICIRRÍZICO.

Ácido glicirrízico para que serve?
Ácido glicirrízico é um medicamento derivado do alcaçuz (Glicirriza glabra), muito utilizado no tratamento da úlcera péptica, hepatite C e de doenças pulmonares e dermatológicas. Além disso, o Ácido glicirrízico apresenta proteção contra os efeitos da radiação UVB. Suas propriedades terapêuticas incluem ação anti-inflamatória, antialérgica e descongestionante e ação calmante.
O Ácido glicirrízico pode ser utilizado como:
-Anti-inflamatório;
-Antialérgico (ação semelhante a dos corticoides);
-Casos de dermatite de contato;
-Casos de fotodermites;
-Tratamento de pele hipersensível;
-Tratamento da acne e rosácea;
-Tratamento Pré e pós peeling.
O uso do Ácido glicirrízico, geralmente, não provoca reações adversas, porém, ao persistir qualquer sintoma, consulte o seu médico imediatamente. Antes de fazer uso desse produto consulte o seu médico.
É de extrema importância que a administração e a dosagem do produto Ácido glicirrízico sejam autorizadas e orientadas por um médico habilitado, a modo de prevenir efeitos prejudiciais à saúde, pois a dosagem pode variar conforme a necessidade do paciente.

RADICAIS LIVRES.

Os radicais livres são átomos ou grupos de átomos que apresentam um ou mais elétrons livres (valências livres).

Eles são resultantes de cisões homolíticas, ou seja, de rupturas de ligações covalentes equitativas, em que cada átomo da ligação fica com um dos elétrons que antes estava sendo compartilhado na ligação. Por exemplo, observe abaixo a molécula de clorometano, em que há uma ligação covalente, ou seja, um par de elétrons compartilhado entre um carbono e um cloro. Observe que se essa ligação for rompida por algum fator, como a energia da luz, o carbono ficará com um elétron livre e o cloro também. Portanto, haverá uma cisão homolítica ou uma homólise (palavra que vem do grego homo, que significa igual, e lysis, que équebra, ou seja, uma quebra igual da ligação).

Cisão homolítica do clorometano para a formação de radicais livres
Cisão homolítica do clorometano para a formação de radicais livres

Assim, deve-se ter em mente que os radicais livres são espécies químicas neutras e não devem ser confundidos com os íons, que são estruturas carregadas eletricamente. Os íons são resultado de uma cisão heterolítica, ou seja, quando ocorre o rompimento de uma ligação covalente e um dos átomos fica com os dois elétrons que antes eram compartilhados. Esse átomo torna-se um ânion, porque fica carregado negativamente, e o outro átomo que perdeu o elétron torna-se um cátion, pois fica carregado positivamente.

Os radicais livres são muito importantes no estudo de Química Orgânica, sendo que a maioria deles é formada somente por carbono e hidrogênio. Nesses casos, o radical livre pode ser classificado como monovalente (quando apresenta somente um elétron livre e um átomo de carbono) e como bivalente (quando apresenta dois elétrons livres pertencentes ao mesmo carbono ou a carbonos diferentes da cadeia). O nome dos radicais livres saturados (que possuem somente ligações simples entre os carbonos) é dado pelo prefixo que indica a quantidade de carbonos e pela terminação il ou ila.

Por exemplo, no caso acima, temos o radical com 1 carbono, que é indicado pelo prefixo “met”, chamado, assim, de metil ou metila. Leia mais sobre isso no texto Nomenclatura de radicais orgânicos.

É importante saber disso porque os radicais livres são muito instáveis, ou seja, possuem vida curta, exatamente porque possuem valências livres. Mas os elétrons procuram sempre se agrupar em pares tanto nos orbitais dos átomos quanto nas ligações covalentes. Desse modo, os elétrons desemparelhados dos radicais reagem ativamente com qualquer molécula próxima, formando novos compostos. As ramificações de várias moléculas orgânicas são exemplos de radicais que se ligaram.

Assim, os radicais livres podem tanto atuar como agentes oxidantes por receber elétrons tanto como agentes redutores por doar elétrons. A quebra das ligações formando os radicais, bem como as ligações que os radicais realizam, é a base para explicar o mecanismo das reações orgânicas.

Um exemplo de formação de radicais livres é a nossa respiração, que é exatamente o processo contrário da fotossíntese, ou seja, a glicose que obtemos na alimentação reage com o oxigênio, e essa queima libera energia para as células de nosso corpo, bem como dióxido de carbono e água:

C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O(?+ energia

Essa é uma reação muito importante e necessária para a nossa sobrevivência. Mas a queima nas células forma também muitos produtos intermediários, entre eles os radicais livres. A formação dos radicais livres também é importante para o organismo no sentido de que eles podem interagir de forma violenta e não seletiva quando corpos estranhos entram em nosso organismo, combatendo-os.

Eles também reagem com o colesterol considerado ruim para o nosso organismo, que é a lipoproteína de baixa densidade (LDL), oxidando esse lipídio e transformando-o em um corpo estranho que é atacado.

Esses aspectos são bons, mas, por outro lado, os radicais livres são também tóxicos e indesejáveis para algumas células sadias de nosso corpo, pois, conforme dito, eles são instáveis e podem reagir com proteínas, outros lipídios, o próprio DNA, que carrega as nossas informações genéticas, e açúcares. Essa desestabilização desses compostos leva ao aparecimento de várias doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer e o envelhecimento precoce.

Nosso corpo possui algumas enzimas protetoras que combatem a produção excessiva dos radicais livres. Mas com o envelhecimento, o corpo vai perdendo essa capacidade de defesa. Por isso, é muito importante alimentarmo-nos constantemente de alimentos chamados antioxidantes, que são aqueles que combatem os radicais livres porque reagem com eles,neutralizando-os.

Alguns exemplos de antioxidantes são os biflavanoides, como a rutiga e o ginkgo biloba, as vitaminas A, C e E, o betacaroteno, o selênio, o ômega 3, as isoflavonas e outros compostos que são ingeridos por meio de frutas, vegetais e peixes.

Alimentos que são fontes de antioxidantes
Alimentos que são fontes de antioxidantes

Mas é preciso também tomar muito cuidado com certos hábitos maléficos que podem aumentar significativamente a produção dos radicais livres em nosso organismo. Alguns estão listados abaixo:

Fatores que causam o aumento de radicais livres no organismo e o envelhecimento precoce
Fatores que causam o aumento de radicais livres no organismo e o envelhecimento precoce

A QUÍMICA DA MAQUIAGEM

O cuidado com a aparência existe desde os primórdios da civilização. No antigo Egito já se fazia uso de perfumes, unguentos e maquiagem nos olhos. Essa busca pela beleza foi se tornando cada vez maior, o que resultou em tecnologias cada vez mais avançadas para a fabricação dos cosméticos a que temos acesso atualmente.

A Indústria de cosméticos é responsável pela elaboração dos mais variados produtos de beleza, e para isso ela investe bilhões de dólares anualmente. Conheça a química de alguns desses produtos:

Perfumes: os ingredientes Geraniol (aroma de rosa) e Jasmona (aroma de jasmim) dão aos perfumes o aroma específico.
Cremes para a pele: são compostos por óleo de amêndoas, vaselina, lecitina, lanolina, etc.

Pós faciais: CaCO3 (carbonato de cálcio) e ZnO (óxido de zinco) são ingredientes do popular pó compacto.

Batons: possuem na composição: álcool cetílico (C16H33OH), óleo de gergelim, cera de abelha, etc.

Xampus: álcool comum, álcool oleico (age como condicionador) e alginato de sódio (age como espessador) estão entre os ingredientes dos produtos que deixam seus cabelos limpos.

Desodorantes: o ingrediente AlCl3.6 H2O é fundamental, além de álcool e perfume..